Sabatina

Randolfe compara Lula a Nelson Mandela em sabatina de Zanin

Líder sul-africano indicou o advogado pessoal, Arthur Chaskalson, ao posto na Suprema Corte do país

Raphael Felice
postado em 21/06/2023 17:06
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), comparou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e vencedor Prêmio Nobel da Paz,  durante a sabatina de Cristiano Zanin na Comissão de Constituição e Justiça, nesta quarta-feira (21/6).

“Quero trazer uma notícias a essa casa, o presidente da República após longo período na prisão nomeou seu advogado à Suprema Corte constitucional. Só que esse presidente não é Lula, o presidente da República é Nelson Mandela, e o advogado não é Cristiano Zanin, o advogado é Arthur Chaskalson”, disse Randolfe.

Randolfe cita que Chaskalson conseguiu evitar que Mandela fosse condenado a pena de morte — convertida em perpétua. O líder governista disse a Zanin que ele teve um “papel histórico” ao “provar a inocência” de Lula e sugeriu ao indicado para citar a decisão da Comissão de Direitos Humanos Organização das Nações Unidas (ONU), que afirmou que o atual presidente da República foi preso em 2017 e impedido de disputar a eleição presidencial em 2018 de forma injusta.

“O senhor é responsável por provar ao Brasil a maior injustiça que foi cometida na última década. Quando levantarem alguma acusação de notável saber jurídico, Sr Zanin, erga essa decisão da ONU, é a primeira decisão da história das Nações Unidas em favor de um advogado brasileiro em uma causa defendendo uma pessoa física”, disse Randolfe.

Randolfe também comentou a atuação de Zanin como advogado do presidente Lula em um processo feito à Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas. Em 2018, a ONU reconheceu que a prisão de Lula violou o devido processo legal e que, por isso, a proibição de participar da eleição daquele ano violou os direitos políticos do atual presidente.

“Confirmação da condenação, ser impedido de concorrer à presidência da República e 580 dias de uma prisão injusta”, cita o líder do governo um trecho da decisão do comitê da ONU.

 

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