Congresso

1º oitiva da CPMI tem bate-boca entre deputado e relatora: "Cale sua boca"

O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) e a relatora da CPMI Eliziane Gama (PSD-MA) discutiram durante os questionamentos da relatora à testemunha Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF

Taísa Medeiros
postado em 20/06/2023 12:22 / atualizado em 20/06/2023 12:40
 (crédito: Minervino Júnior/CB/DA.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/DA.Press)

Durante os questionamentos realizados pela relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) ao primeiro convocado pelo colegiado, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, um bate-boca generalizado se instalou. A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) questionava sobre um caso de agressão a um frentista, no qual supostamente Vasques estaria envolvido, quando o deputado Éder Mauro (PL-PA) interrompeu os questionamentos.

O parlamentar se revoltou com as perguntas feitas pela relatora da CPMI. "Está induzindo a testemunha", criticou. Oposição endossou o argumento do deputado e começou uma briga generalizada. A relatora revidou, mandando o deputado calar a boca após ser interrompida seguidamente pelo parlamentar. E disparou: “O senhor não vai cercear a minha voz”. Com os ânimos exaltados, o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), suspendeu a sessão por cinco minutos.

“Não podemos admitir esse nível de comportamento. Não posso aceitar que haja interrupção por parte dos deputados e senadores às palavras feitas aqui na mesa. Quero dizer ao depoente que tem todo o direito de responder ou não aos questionamentos”, disse Maia, ao retomar a reunião. Parlamentares da base alegam que a participação de Éder Mauro foi destinada a “instalar o caos” e que se trata de um “plano orquestrado” da oposição para colocar em xeque a lisura dos trabalhos.

O ex-diretor da PRF é o primeiro a ser ouvido pelo colegiado. O requerimento de convite ao ex-diretor da PRF foi protocolado pela relatora do colegiado, Eliziane Gama. Ela quer explicações sobre as blitze ocorridas em rodovias federais em 30 de outubro, data do segundo turno das eleições. Na ocasião, a PRF fez intensas operações, sobretudo na região Nordeste, que concentra a maior parte dos eleitores do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

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