Membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que as investigações contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL), tornam a situação do militar da ativa “insustentável” no Exército. A informação compartilhada pelo blog da jornalista Andréia Sadi, para o G1, ressalta que uma possível expulsão da força só deve ocorrer depois de uma eventual condenação.
Cid foi preso no último dia 3 de maio, no âmbito das investigações que apuram uma suposta fraude nos comprovantes de vacina do ex-presidente, do seu próprio e de outros familiares. A Polícia Federal (PF) também apreendeu o celular do militar, e a perícia foi inserida em outros inquéritos.
No aparelho telefônico, por exemplo, foram encontrados documentos que dariam “suporte jurídico” para um possível golpe de estado após a derrota de Bolsonaro para Lula na última eleição. Entre eles, estavam uma minuta que anunciaria a declaração de estado de sítio no Brasil e outro de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O documento ainda estava em construção; em alguns locais havia apontamento para tratar de forma sucinta sobre decisões vistas como inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa de Cid afirmou que todas as manifestações serão realizadas nos autos do processo.
O Estado de Sítio é um instrumento que pode ser utilizado pelo presidente para suspender temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos. O Legislativo e o Judiciário ficariam submetidos ao Executivo. Já o GLO é uma operação que permite ao presidente convocar as Forças Armadas em graves situações de perturbação da ordem.
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