PERDÃO

Bolsonaro se desculpa por fake news sobre vacina: "Um equívoco"

Ex-presidente reconheceu erro em dizer que a vacina geraria acúmulo de grafeno nos testículos. Bolsonaro será julgado nesta quinta (22/6) pelo TSE por divulgar mentiras sobre urnas eletrônicas

Francisco Artur
postado em 18/06/2023 13:48 / atualizado em 20/06/2023 07:13
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas neste domingo (17/6), em seu perfil no Facebook, por ter espalhado desinformações sobre a vacina contra a covid-19. A mentira na qual ele pediu perdão foi proferida no sábado (16/6), na cidade de Jundiaí, em São Paulo, onde o político relacionou as vacinas contra a covid-19 com a substância grafeno e espalhou a fake news de que o imunizantes provocaria acúmulo deste material nos testículos e nos ovários.

Essa insinuação, como foi reconhecida por Bolsonaro no Facebook, é falsa.

"Em relação a uma conversa no dia de ontem, na cidade de Jundiaí (SP), sobre a existência de óxido de grafeno na vacina de tecnologia mRNA, houve um equívoco da minha parte. Como é de conhecimento público sou entusiasta do potencial de emprego do óxido de grafeno, por isso inadvertidamente relacionei a substância com a vacina, fato desmentido em agosto de 2021.
Mais uma vez lamento o falado e peço desculpas", escreveu o ex-presidente.

Bolsonaro pode se tornar inelegível

O pedido de desculpas de Jair Bolsonaro veio a público quatro dias antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgá-lo por ter espalhado a representantes de embaixadas, em 2022, conteúdos enganosos sobre as eleições brasileiras. 

Caso o TSE interprete que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e dos meios de comunicação para difundir desinformações eleitorais, ele pode ser tornar inelegível. A ação que será analisada pelo tribunal foi apresentada em agosto de 2022 pelo PDT.  

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