O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, declarou nesta sexta-feira (16/6) que o governo federal vai criar uma "força-tarefa permanente" para acelerar a análise técnica de nomeações para ministérios. Segundo ele, há 403 currículos que foram apresentados por parlamentares para assumirem cargos, mas que estão travados.
Padilha afirmou ainda que as pastas vão mapear quais parlamentares foram atendidos semanalmente e enviar as informações à SRI. O ministro também afirmou que vai se reunir nos próximos dias com lideranças do União Brasil para discutir a possível troca da ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Ele nega, porém, a possibilidade de troca por motivos partidários no Ministério da Saúde.
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"A partir desta reunião [ministerial, ontem (15)], constituímos uma força-tarefa permanente junto aos ministérios. Decisão do presidente Lula, para acelerar a análise técnica pelos ministérios para a composição do governo", relatou Padilha. "Além disso, tomamos a decisão, também anunciada na reunião de ontem, que, semanalmente, os ministros, ministras e assessores parlamentares vão passar um mapa dos parlamentares atendidos pelos ministérios. Seja pelos ministros, secretários nacionais, ou pelas suas equipes", complementou.
Padilha cobrou, na reunião de ontem, que os ministros tenham uma relação mais próxima do Congresso Nacional, e que destravem as indicações para cargos de segundo e terceiro escalão. Deputados e senadores vêm reclamando que não são incluídos em viagens oficiais, por exemplo. O entrave na relação é apontado como um dos motivos que dificultam a formação da base governista no Legislativo.
Hoje, Padilha disse que existem 403 currículos que aguardam a liberação, há até dois meses.
Troca ministerial no radar
Sobre a possível saída da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, por pressão União Brasil, Padilha disse que considera a troca natural. A legenda pede uma reformulação de suas cadeiras na Esplanada, destinadas durante a composição do governo. Daniela, que atualmente é filiada ao União, está em litígio com o partido e busca autorização no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para sair da sigla sem perder o mandato de deputada federal. Ela deve ir para o Republicanos.
O ministro disse se reunirá "nos próximos dias" com lideranças do União Brasil para discutir a troca, e também para ouvir a proposta do partido. Já sobre o Ministério da Saúde, chefiado atualmente por Nísia Trindade mas cobiçado por integrantes do PP, Padilha descartou que a pasta entre nas mudanças pela composição partidária.
"Não está em discussão, em relação ao Ministério da Saúde, a composição partidária. Tem outros ministérios que foram discutidos, o que é parte da democracia, se faz na democracia. O ministério do Turismo é um exemplo disso", enfatizou o ministro. Ele ressaltou, porém, que a Saúde é uma pasta técnica.
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