INVESTIGAÇÃO

Moraes ligou para Rodrigo Pacheco e informou sobre buscas contra Do Val

Polícia do Senado foi enviada para acompanhar diligências que foram realizadas no gabinete do parlamentar

Renato Souza
Raphael Felice
postado em 15/06/2023 20:25
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ligou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para informar sobre a operação de busca e apreensão contra o senador Marcos do Val. O parlamentar foi alvo de ações da corporação em Brasília e Vitória, nesta quinta-feira (15).

Ao ser informado que a Polícia Federal estava nas dependências da casa legislativa, Pacheco determinou que a Polícia do Senado acompanhasse as ações de busca. A Advocacia do Senado também foi enviada para avaliar a realização das diligências.

A Polícia Federal chegou ao prédio do Senado Federal por volta das 15h para realizar buscas no gabinete de Marcos do Val. No local, os agentes apreenderam documentos, um pendrive e um telefone celular do senador que estava na sala. As buscas terminaram por volta das 17h40, quando os agentes deixaram o prédio do Senado.

Ao término das buscas, o primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) foi questionado por jornalistas sobre mais detalhes, mas afirmou ainda não ter conhecimento sobre o caso.

“Eu queria me fazer presente a lhes falar, mas não tenho conhecimento a não ser daquilo que vocês próprios trouxeram. Não devo e não posso, seria de minha parte leviano fazer qualquer consideração”, disse na saída do Anexo 1 do Senado Federal.

Na Asa Sul de Brasília, onde fica o apartamento de Marcos do Val, duas viaturas chegaram no começo da tarde. Dois delegados foram até o imóvel e recolheram documentos e aparelhos eletrônicos que podem armazenar arquivos importantes para o avanço das investigações. Eles saíram do prédio após às 18 horas, carregando dois malotes.

O parlamentar é acusado de envolvimento com atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele está sendo investigado pela Divisão de Combate ao Crime Organizado da PF (Dicor). O grupo de elite é formado por delegados altamente especializados em crimes de colarinho branco. As diligências apontam suspeitas de que o parlamentar tenha atuado para obstruir as investigações sobre os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

O congressista estaria tentando atrapalhar o andamento das apurações contra extremistas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo e o Congresso Nacional.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação