Exploração de petróleo

Petrobras não vai pressionar por licenciamentos, diz Prates

O presidente da estatal declarou, nesta quarta-feira (14/6), que sua gestão vai respeitar o trabalho de órgãos ambientais, como o Ibama. A fala ocorre após impasse por licença na Foz do Amazonas

Victor Correia
postado em 14/06/2023 14:06
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou nesta quarta-feira (14/6) que a petroleira não vai pressionar órgãos regulatórios, como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), para obter licenciamentos ambientais. A fala ocorre após confronto entre a estatal e o órgão, que negou pedido para exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

"Eu sei que há uma ansiedade muito grande sobre isso. A gente não pode pressionar órgãos reguladores e ambientais. Eles têm autonomia, e nós respeitos. Eu, pelo menos, nossa gestão, respeita muito isso", afirmou Prates a jornalistas, após deixar encontro com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

A Petrobras teve um primeiro pedido para exploração de petróleo na região negado pelo Ibama. Segundo o órgão, os planos de segurança apresentados não eram suficientes para garantir a contenção de um acidente em caso de derramamento de óleo, por exemplo. A negativa também ressaltou que faltam estudos, da parte do governo, para avaliar as condições de exploração no local.

Região complexa

A região visada pela Petrobras fica a cerca de 400 km da Foz do Amazonas, mas é considerada uma região sob influência da Foz. Ela é banhada pelo Mar do Caribe, região de mar turbulento e propensa a tempestades, que poderiam empurrar o óleo para a costa. A estatal, porém, apresentou um pedido para reconsideração com alterações no plano de segurança. Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o pedido apresentou melhoras, mas a decisão final cabe à equipe técnica do órgão fiscalizador.

"A gente fez todos os argumentos novos. Colocou novos elementos, dados técnicos, disponibilizou mais embarcações de apoio, equipamentos. Enfim, a gente fez toda uma complementação, e de acordo com o que foi colocado no último despacho", disse ainda o presidente da Petrobras. "Se tem motivos para analisar, para demorar, a gente tem que se adaptar a isso", complementou. 

 

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