Cassado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ato referendado pela Câmara, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi convidado pelo Podemos para um cargo remunerado no partido. A ideia é que o ex-procurador da Lava Jato assuma um projeto de formação de novas lideranças políticas.
Deltan conversou sobre a proposta nesta semana com a presidente do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP).
A legenda afirma que Deltan e Renata não discutiram o salário, uma vez que o ex-parlamentar ainda não aceitou o convite. Deltan recebia um salário de 41,6 mil, fora benefícios, como deputado federal. Ele foi cassado no último dia 16 pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa.
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Como procurador da República, Deltan recebia um salário de R$ 33.689,11. Ele deixou o Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2021, na esteira de procedimentos que poderiam resultar em processos administrativos disciplinares (PADs) - motivo que embasou a sua cassação pela Justiça Eleitoral. Deltan nega que seu desligamento tenha tido essa motivação.
Ao sair do MPF, Deltan se filiou ao Podemos, junto ao ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sergio Moro (hoje no União Brasil), e passou a receber um salário de R$ 15 mil do partido.
O gabinete de Deltan na Câmara foi fechado por volta das 17h30 dessa quarta-feira, dia 7. Como mostrou o Estadão, o político teve que entregar a sala após a cassação do TSE, e seus assessores levavam as últimas sacolas de materiais antes do espaço ser entregue ao novo ocupante. O ex-deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) assumirá a vaga.
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