A Polícia Federal concluiu a perícia nas joias apreendidas pela Receita Federal com integrantes de uma comitiva do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em outubro de 2021, após tentativa de entrada no Brasil sem pagamento de impostos. As joias não foram declaradas na época.
O conjunto que contava com colar, anel, relógio e brincos de diamantes, inicialmente foi avaliado em cerca de R$ 16,5 milhões. A investigação, no entanto, concluiu que o conjunto está avaliado em pouco mais de R$ 5 milhões. O trabalho incluiu ainda a análise individual de pedras de diamantes.
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Um dos agentes responsáveis pela investigação chegou a ser enviado até a Suíça para visitar a sede da fabricante de joias. Os peritos conversaram diretamente com os responsáveis pela confecção das joias. O laudo vai complementar o inquérito que corre sob sigilo na PF de São Paulo.
Os itens de luxo teriam sido um presente a então primeira-dama Michelle Bolsonaro. Presente dado pelo governo da Arábia Saudita. Um assessor do ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) tentou entrar com os itens no Brasil sem declará-los à Receita. Após a apreensão o governo aparelhou diferentes ministérios para tentar recuperar o presente. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Em abril de 2023, Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre o caso. Ele negou irregularidades e disse que soube das joias um ano depois da apreensão, mas que não se lembra quem o avisou sobre a existência dos itens.
*Estagiária sob a supervisão de Thays Martins
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