O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) identificou que o segurança que agrediu a jornalista da TV Globo, Delis Ortiz, durante visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil na terça-feira (30/5), é um militar do Exército Brasileiro, que estava trabalhando na segurança do local sob coordenação do próprio gabinete.
A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, nesta sexta-feira (2/6). Após a agressão, o GSI instaurou uma sindicância para apurar o ocorrido. O órgão vai colher depoimentos dos envolvidos, e pretende ouvir também a versão da jornalista agredida. As investigações devem ainda checar as imagens de segurança do Palácio do Itamaraty para verificar se houve transgressão disciplinar ou possível crime na atuação dos seguranças.
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O Exército, por sua fez, disse que afastou os militares cedidos à segurança presidencial, que estavam presentes no episódio, até o fim das investigações. Participaram da segurança do evento 193 militares. A força disse ainda que está à disposição para contribuir com as investigações.
Questionado pelo Correio, o GSI não comentou as informações sobre o segurança, mas destacou que a sindicância foi aberta para apurar a conduta dos agentes que estavam à serviço do Gabinete.
Violência
O tumulto ocorreu após a cúpula de chefes de Estado da América do Sul, realizada no Itamaraty. Nicolás Maduro estava de saída quando foi abordado por jornalistas. Os seguranças, incluindo brasileiros e venezuelanos, tentaram impedir a aproximação da imprensa.
Segundo testemunhas, pelo menos três jornalistas foram agredidos. Delis Ortiz levou um soco no peito. Em relato à GloboNews, a profissional declarou que o episódio foi "assustador" e "constrangedor". "Você não espera isso de quem a gente conhece, que está no dia a dia. Esses seguranças conhecem a gente", disse Delis.
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