PL 490

Votação do Marco temporal no Senado deve ficar para depois do julgamento no STF

Célia Xakriabá garante compromisso de Pacheco em seguir ritos normais para a matéria, o que pode colocar a apreciação do projeto para depois do julgamento no STF

Tainá Andrade
postado em 01/06/2023 00:47
 (crédito:  Edgar Kanaykõ/Divulgação)
(crédito: Edgar Kanaykõ/Divulgação)

Um dia após a votação do projeto de lei do Marco Temporal na Câmara dos Deputados, a deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG) confirmou que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu que a pauta vai "seguir os ritos normais" na Casa, ou seja, não será votado em regime de urgência, como na Câmara. Com isso, a votação deve ficar para depois do julgamento do tema no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para o dia 7 de junho. 

Uma reunião foi realizada na terça-feira (30/5) com o presidente da Casa para impedir o avanço da pauta. Segundo a deputada, ele garantiu que terá "prudência" e "seguirá os ritos normais".

  • Essa é uma das medidas para que o STF dê a última palavra sobre o assunto, já que o julgamento da matéria está marcado para a próxima semana, dia 07 de junho.

Ao Correio, a deputada elogiou a postura de Pacheco, por entender que a votação do Marco Temporal interfere na imagem do Brasil externamente. "Por isso que é bom ter presidente que vai até a COP [Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas]. Eu ouvi dele ontem (30) que não quer mais ser cobrado por essa imagem do Brasil de um país que mais desmata, de um país que não tenha compromisso com os povos indígenas", disse.

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