O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, atraiu para si boa parte das atenções da reunião de cúpula da América do Sul, nesta terça-feira (30/5), em Brasília. Após o encontro, ele era aguardado por centenas de jornalistas na saída do Palácio do Itamaraty, e quase não conseguiu falar. O venezuelano declarou que a cúpula foi o “ponto de partida para uma nova etapa” da integração continental e que a Venezuela “não tem problemas para conversar, falar francamente com nenhuma força política, com nenhum presidente, com nenhuma corrente”, desde que seja “um diálogo respeitoso, tolerante, de união e (respeito) à diversidade”.
- Brasil e Venezuela: entenda críticas e motivos da reaproximação dos países.
- Boric confronta Lula sobre Venezuela e cobra respeito aos direitos humanos.
Maduro disse que a Venezuela é “reconhecida” pelos presidentes que vieram a Brasília – “com diversas visões” – como “uma corrente popular, bolivariana, de esquerda”, que tem participado “de todos os processos integracionistas de América Latina e Caribe”.
Sobre os resultados da cúpula, o líder venezuelano disse que o Consenso de Brasília, carta com a posição conjunta de todos os participantes do encontro, “é um ponto de partida para uma nova etapa”. “O mundo está mudando, está avançando rapidamente para um mundo multipolar onde a América do Sul não pode ficar atrás”, declarou.