Congresso

Câmara instala sete processos no Conselho de Ética

Entre as representações estão os casos dos deputados Nikolas Ferreiras, por transfobia, e Márcio Jerry, por importunação sexual

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados iniciou sete processos para apurar quebra de decoro parlamentar dos membros da Casa. Entre as acusações protocoladas estão acusações de transfobia, ameaça, importunação sexual e até mesmo agressões durante reuniões da Casa, sobretudo nas comissões. A maioria dos procedimentos são contra representantes do PL.

Durante a reunião, o presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), sorteou três possíveis relatores para cada um dos sete casos. O parlamentar não poderá relatar a representação no Coetica nos seguintes casos: se for do mesmo estado do representado no Conselho; se for do mesmo partido, federação ou bloco do representado; ou se for da mesma legenda autora da representação.

O relator terá 10 dias úteis para apresentar um parecer preliminar, recomendando prosseguimento ou arquivamento da investigação da suposta quebra de decoro. O perfil das indicações mostra os desdobramentos da polarização Lula-Bolsonaro vista nos últimos anos.

O PL recebeu quatro representações, enquanto PT, PCdoB e PSol receberam uma queixa cada. Veja a lista de indicados abaixo:

  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
  • Carla Zambelli (PL-SP)
  • José Medeiros (PL-MT)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Márcio Jerry (PCdoB-MA)
  • Juliana Cardoso (PT-SP)
  • Taliria Petrone (PSol-RJ)