O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (29/5), que a escolha para o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) será pessoal e que ele não irá “repartir com ninguém". A declaração foi dada no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde o petista recebeu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Até o momento, o principal candidato do Palácio do Planalto à cadeira na Corte é o advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula em processos da Operação Lava-Jato. Questionado se faria a indicação ainda nesta semana, o presidente disse: "Isso é uma coisa tão minha que eu não quero repartir com ninguém".
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O próximo ministro do STF ocupará a vaga deixada por Ricardo Ricardo Lewandowski — que se aposentou em abril do tribunal. Caso seja indicado por Lula, Zanin deverá passar por uma sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e enfrentar a base de oposição ao governo.
Em março, durante uma entrevista, o petista comentou sobre a possibilidade de apresentar o nome do advogado. Na ocasião, ele afirmou que está “consultando muita gente” antes de tomar uma decisão e que “todo mundo compreenderia”, caso ele indicasse o jurista que o defendeu na Lava-Jato.
“Hoje, se eu indicasse o Zanin, todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado. Tecnicamente ele cresceu de forma extraordinária. É meu amigo, meu companheiro, como outros são meus companheiros”, disse o presidente em entrevista à BandNews. “A pessoa tem que ter caráter. Eu vou levar em conta o caráter. Não só isso. Mas vou levar em conta. Eu consulto muita gente. Consulto advogados, consulto muita gente de outros estados para saber”, acrescentou.