O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está se reunindo na manhã desta segunda-feira (29/5) com o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, antes de um "retiro" com outros governantes da América do Sul na terça (30). Ambos os encontros ocorrerão em Brasília.
Segundo informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado, o encontro entre os dois presidentes será uma reunião de trabalho "com vistas a repassar os avanços no processo de normalização das relações bilaterais, iniciado em 1º de janeiro de 2023, incluindo a reabertura das respectivas embaixadas e setores consulares e a recente designação do Embaixador da Venezuela no Brasil".
- Lula recebe 12 líderes da América do Sul; grupo busca resgatar união perdida
- Governo Lula terá agenda cheia nesta semana, com pautas decisivas
A expectativa é que os dois conversam também sobre processos de diálogo interno na Venezuela, com vistas à realização das eleições de 2024. "Agradeço pela recepção calorosa que tivemos em Brasília", postou Maduro no Twitter no domingo. "Nas próximas horas estaremos desenvolvendo uma agenda diplomática" para fortalecer a união, acrescentou.
Já na terça-feira (30), Lula terá um encontro com Maduro e outros chefes de estado da América do Sul. São esperados todos menos a presidente peruana, Dina Boluarte.
"Recebo nesta semana em Brasília os presidentes da América do Sul, para juntos discutirmos o futuro da nossa região", escreveu Lula no Twitter.
"Nenhum país cresce sozinho. Temos que trabalhar com nossos vizinhos na construção de parcerias pelo desenvolvimento econômico da região, fortalecimento de laços culturais e na defesa da democracia", acrescentou Lula.
Sem agenda pré-estabelecida e com formato reduzido — estarão na sala apenas os presidentes, seus chanceleres e alguns assessores —, a ideia do encontro proposto por Lula é que os países possam discutir com franqueza os problemas comuns.
Segundo o Itamaraty, os principais objetivos são "retomar o diálogo" para buscar uma "visão comum" e estabelecer uma agenda de cooperação em questões como saúde, infraestrutura, energia, meio ambiente e combate ao crime organizado, além de buscar um caminho para um novo mecanismo de integração sul-americana.
*Com informações da Agence France-Presse