O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em entrevista para a GloboNews nesta quinta-feira (26/5) explicou que a medida de incentivo aos carros populares é algo “tópico”, que não vai durar ao longo prazo, devido às renúncias fiscais que serão feitas para impulsionar a indústria. Ontem, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), apresentou o plano no Palácio do Planalto.
- Governo prepara anúncio para baratear carros, mas Haddad puxa o freio
- Alckmin anuncia descontos de até 10,96% para carros de até R$ 120 mil
Haddad afirmou que, como o programa envolve corte nos impostos, a área técnica da Fazenda ainda faz contas para determinar a sua duração. “É um programa tópico, ainda estamos discutindo quantos meses ele vai durar em função das contas que estão sendo feitas. Acreditamos que começa um ciclo da redução da taxa de juros brevemente, portanto é um período de transição bastante curto”, disse.
O ministro ainda afirmou que a renúncia fiscal que será feita não deve chegar a R$ 2 bilhões, e descartou a possibilidade da medida durar 12 meses. “Nem passa perto disso. Não temos condição de acomodar”, disse, destacando que as contas do ministério devam ser fechadas já no domingo (28/5).
O estímulo do governo vai dar desconto de tributos para veículos de até R$ 120 mil com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e do PIS/Cofins. Segundo Haddad, os ministérios trabalham para apresentar a medida provisória sobre o assunto já na semana que vem.
Segundo Alckmin (PSB), os descontos nos preços finais devem variar de 1,5% a 10,96%. Carros mais baratos, com menor emissão de CO2 e maior uso de peças e componentes nacionais terão mais estímulo.