Durante uma entrevista concedida ao programa Estúdio I, da GloboNews, nesta terça-feira (23/5), o senador Sergio Moro (União-PR) declarou não ser bolsonarista. “Não sou de forma nenhuma. Apoiei Bolsonaro no segundo turno e faria quantas vezes fosse necessário em oposição ao Lula”, disse Moro, que atuou como ministro da Justiça na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Moro comparou o esquema de corrupção da Petrobras com as investigações de fraude no cartão de vacina de Bolsonaro e reafirmou que o apoio ao ex-presidente se deu pelo "medo do retrocesso" em ter Lula no poder. “Quando a gente fala em apoio a Bolsonaro, falamos no segundo turno quando não tínhamos alternativas. De todo modo existe uma bancada de oposição ao Lula e ao governo do PT, importante para evitar retrocessos”, ressaltou.
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Ainda durante a entrevista, Moro fez críticas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificando o atual governo como uma tragédia e dizendo que o atual presidente tem tomado atitudes perigosas, como por exemplo, "a regulação das redes", fazendo uma referência ao PL das Fake News.
“Estamos vendo o vexame que o presidente está passando, inclusive, em fóruns internacionais, se recusando a receber o Zelensky ou dizendo que a Ucrânia é tão culpada pela guerra quanto a Rússia. São coisas que nos causam espanto”, pontuou o senador.