O líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que vai apresentar um pedido de urgência para votação rápida do novo arcabouço fiscal, assim que o projeto for aprovado na Câmara dos Deputados.
Há uma previsão de que o substitutivo do marco fiscal, relatado pelo deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) seja aprovado entre terça-feira (23/5) e quarta-feira (24/5). Segundo Wagner, o projeto que aumenta o limite de gastos públicos já teve debate o suficiente e precisa ser votado.
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“Eu entendo que o projeto já foi muito debatido, o ministro Haddad fez várias conversas com deputados e senadores, todos querem que ele seja aprovado, sabe que isso dará mais estabilidade e credibilidade ao país. Espero que na câmara se vote rapidamente e chegando aqui no Senado, não tenho dúvida, faremos tudo para apressar a sua votação”, disse o líder governista.
Já o senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que a oposição vai atuar para evitar que o marco fiscal seja votado com urgência. Segundo o parlamentar por Santa Catarina, o texto deve passar pelas comissões permanentes da Casa Alta, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Sou oposição e não estamos aqui para sabotar o Brasil, mas a questão do arcabouço fiscal refere-se à vida de cada um de nós brasileiros. Então, nesse quesito eu não posso, não vou conceber e não vou votar. Não podemos tramitar isso de forma acelerada. Será um desrespeito com as comissões que discutem, analisam e podem fazer contribuições e corrigir eventuais excessos do governo federal”, disse.
De maneiro geral, integrantes de governo, centrão e oposição entendem que o relatório de Cajado conseguiu encontrar um bom equilíbrio. Na votação da urgência da Câmara, 29 deputados do PL votaram a favor do requerimento para dar celeridade à votação do novo marco fiscal.
Cajado está reunido com líderes da Câmara dos Deputados e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para acertar os últimos detalhes do texto.