O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu neste domingo (21/5) com o presidente de Comores, Azali Assoumani, durante a cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão. O encontro foi importante para a reaproximação com os países africanos.
Além de conversar sobre relações entre os países, Lula aproveitou a ocasião para anunciar a Assoumani o apoio do Brasil à demanda da União Africana por uma vaga no G20, grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. A entrada teria como exemplo a União Europeia, que tem uma vaga no grupo. Ele entregou a Assoumani a resposta positiva a uma carta enviada em fevereiro.
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O Brasil vai assumir a presidência do G20 em 2023. Segundo Lula, a África é "muito importante para o Brasil", particularmente do ponto de vista humano, e ele pretende voltar a visitar o continente. Pelo Twitter, o presidente afirmou que trabalha para restabelecer a relação com a África, que teria ficado relegada durante a passagem de Jair Bolsonaro pelo Planalto
“Conversei com o presidente das Ilhas Comores e da União Africana, Azali Assoumani, que representou a África no encontro do G7. Reforcei a vontade de nosso governo de restabelecer relações o Brasil e a África depois de um governo que ignorou o continente. Por toda a herança africana em nosso povo e cultura e a possibilidade de trocas, essa é uma parceria prioritária para o Brasil”, escreveu Lula.
Assoumani comemorou a resposta e também o entusiasmo de Lula pelo continente africano. Para ele, o presidente brasileiro tem um papel fundamental na liderança dos países em desenvolvimento.
Os mandatários concordaram sobre a necessidade de uma maior cooperação tecnológica do Brasil com a África como um todo. Lula lembrou que a aproximação com o continente foi marca importante dos seus primeiros mandatos, com a abertura de embaixadas, aumento de cooperação na área educacional, entre outros.
Uma das possibilidades levantadas no encontro entre os dois presidentes foi a de ampliar iniciativas usando os bancos de fomento, como o Banco Africano de Desenvolvimento e o BNDES para o desenvolvimento de infraestrutura.