Cúpula do G7

Lula se reúne com premiê japonês e reforça relação comercial entre os países

Em Hiroshima para participar da cúpula do G7, o presidente destacou "ótima conversa" para a ampliação de parceria entre os dois países

Em viagem a Hiroshima para participar da cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na noite desta sexta-feira (19/5), manhã de sábado, pelo horário local. Pelo Twitter, Lula afirmou ter tido uma “ótima conversa” com o premiê.

“Ótima conversa com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Falamos sobre a necessidade de retomarmos e ampliarmos relações entre empresários e empresas dos dois países”, escreveu o presidente.

Lula defende a ampliação da relação entre Brasil e Japão para o crescimento de ambos os países. “Temos laços culturais com o Japão e uma grande comunidade nipo-brasileira. A ampliação de nossa parceria será importante para o crescimento de nossos países”.

Durante a reunião, Lula destacou o lugar de importância da relação comercial entre Brasil e Japão. "Brasil e Japão precisam estabelecer uma relação mais produtiva não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista cultural, político e da ciência e tecnologia".

Kishida apontou, por sua vez, o lugar de destaque que o Brasil ocupa em discussões mundiais complexas. "Contamos com a experiência do senhor presidente Lula. Teremos discussões amplas sobre questões como clima, educação, desenvolvimento, paz e estabilidade. Estamos muito dispostos a cooperar com o Brasil", declarou o premiê japonês.

Entre os acordos de interesse brasileiro está o de parceria em ciência, tecnologia e inovação nas áreas espacial, de inteligência artificial, energias renováveis, materiais avançados e pesquisas oceânicas.

Lula relembrou, ainda, a influência do Japão no desenvolvimento nacional. "Desde 1908, muitos japoneses contribuíram para o crescimento do Brasil. Muitos empresários brasileiros investem no Japão”.

 

Encontros no G7

Com a ida de Lula ao encontro do G7, o Brasil encerra um jejum de 14 anos sem ir à reunião do grupo que reúne as sete principais economias do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

É comum que outros países sejam convidados e este ano oito estão presentes. Índia, Indonésia, Austrália, Ilhas Cook, Comores, Coréia do Sul, Vietnã e Brasil marcam presença com seus representantes. Mais cedo, Lula se reuniu com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, em sua primeira reunião bilateral da cúpula estendida do G7.

O último convite ao Brasil foi em 2009, quando o petista era presidente. Na agenda do chefe do Executivo ainda estão previstos encontros com o presidente da Indonésia, Joko Widodo; o presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh; e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.