O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), permaneceu em silêncio durante o seu depoimento na Polícia Federal, nesta quinta-feira (18/5). Ele ficou apenas 30 minutos na sede da corporação, Brasília. O militar é investigado no inquérito que apura a inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde.
Cid entrou pela garagem do prédio às 14h23, saindo às 15h03 sem falar com a imprensa. Os investigadores buscam descobrir quem são os responsáveis pelas informações falsas no cartão de vacina de integrantes das famílias do militar e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Na oitiva, Mauro Cid permaneceu o tempo todo calado. Ele também foi questionado sobre os atos golpistas de janeiro e as movimentações financeiras dos antigos ocupantes do Palácio da Alvorada.
O coronel está preso desde o dia 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. O inquérito aponta que foi inserida, de forma irregular no sistema do Ministério da Saúde, a informação de Bolsonaro e a filha haviam tomado doses da vacina, dados esses que são falsos.
Bolsonaro
Jair Bolsonaro depôs no mesmo local em Brasília na última terça-feira (16). a PF busca saber se o ex-chefe do Planalto tinha conhecimento do esquema e se partiu dele a ordem para incluir no sistema do Ministério da Saúde os dados falsos sobre a imunização contra a covid-19.
No caso do ex-presidente, o depoimento durou durou cerca de 3 horas. Ele negou qualquer responsabilidade ou mesmo conhecimento sobre o suposto esquema de fraude, e disse que o Mauro Cid era o único responsável pela gestão de seu aplicativo ConectSUS.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro