Lideranças do PT na Câmara afirmaram, nesta quarta-feira (17/5), que o partido votará unânime a favor do arcabouço fiscal na Casa. O requerimento de urgência deve ser votado ainda hoje na Casa, e o mérito da matéria pode ser apreciado até quarta-feira da semana que vem (24/5).
O posicionamento ocorreu em meio à insatisfação de parte da legenda com o relatório do arcabouço fiscal apresentado pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA) na segunda (15). Durante sessão conjunta das Comissões de Desenvolvimento Econômico, Finanças e Tributação, e Fiscalização Financeira e Controle, que ouviu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a sigla foi questionada por parlamentares da oposição sobre suas dissidências internas.
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Durante a apresentação, o deputado Kim Kataguiri (União-SP) indagou Haddad se suas medidas econômicas são defendidas por seu próprio partido, o PT. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), respondeu o parlamentar.
"Só uma cabeça autoritária é que pensa que não se pode ter debates sobre propostas dentro do governo. Nós somos um partido democrático, sempre primamos pelo debate e pela discussão, e vamos continuar assim. O PT nunca faltará ao governo", disse a petista. Nas redes sociais, ela se manifestou novamente.
O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR), também rebateu os questionamentos da oposição. Ele frisou que o partido tem uma "sintonia fina" com as propostas do Executivo. "A bancada do PT é democrática. Todo mundo tem direito a críticas, questionamentos, mas ela tem aqui um histórico e uma qualidade: ela vota unida. Ela vai dar 100% dos votos a favor do arcabouço fiscal e, obviamente, não vai apresentar emendas", destacou. O político também ressaltou que a bancada continuará articulando para melhorar o texto do arcabouço antes que ele seja apreciado em Plenário da Casa.