O ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos Nestor Forster foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de cônsul-geral do país em Vancouver, no Canadá. Forster ocupou o posto mais importante da diplomacia no exterior durante o governo de Jair Bolsonaro, e é visto como um embaixador de primeira classe alinhado ao ex-presidente. O ato foi publicado nesta quarta-feira (17/5) no Diário Oficial da União.
A nomeação põe fim à espera do diplomata, que perdeu o cargo em Washington com a chegada do novo governo ao poder, após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Apesar de ter comandado a representação diplomática mais relevante do Brasil no exterior, Forster não tinha expectativa de ser remanejado para cargos de destaque, apesar de atuar nos Estados Unidos desde os anos 1990 e ser considerado um embaixador de bom trânsito na comunidade diplomática.
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A indicação para o consulado-geral em Vancouver também evita que ele seja sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos principais artífices do processo de “desbolsonarização” da diplomacia brasileira. O cargo de cônsul não exige que o nomeado seja submetido ao crivo dos senadores.
Holanda e Romênia
O presidente encaminhou ao Senado a indicação do ex-secretário-geral do Itamaraty Fernando Simas Magalhães para o comando da embaixada brasileira nos Países Baixos (Holanda). Simas foi o número 2 do Itamaraty na gestão do chanceler Carlos França, que substituiu Ernesto Araújo, no mandato do então presidente Bolsonaro.
A indicação de Simas para um posto de relevância já era esperada nos meios diplomáticos porque o embaixador é considerado um quadro técnico muito capacitado, e atuou para reduzir os danos à imagem do Brasil no exterior provocados pela postura isolacionista do governo anterior. Simas terá que se submeter à sabatina na CRE e, posteriormente, à aprovação do plenário do Senado para assumir o cargo.
Também foram encaminhados ao Senado os nomes de Cláudio Frederico Arruda para o cargo de embaixador na Austrália; e de Ricardo Guerra de Araújo para o comando da representação brasileira na Romênia.