Jornal Correio Braziliense
Combustíveis

FUP celebra derrubada do preço de paridade: 'o pesadelo chega ao fim'

A entidade, que representa os trabalhadores do setor petrolífero, defende o fim da política de paridade internacional do preço do petróleo desde sua implantação, em 2016

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) celebrou, nesta terça-feira (16/5), o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI) — anunciado hoje pela Petrobras. Em nota, o coordenador-geral do sindicato, Deyvid Bacelar, declarou que "o pesadelo chega ao fim". Com a decisão da petroleira, o preço dos combustíveis deixa de ser atrelado ao preço internacional do barril de petróleo, reduzindo o custo no mercado interno.

"Depois de quase sete anos assombrando o povo brasileiro, o pesadelo chega ao fim. Um dia para ser comemorado", ressaltou Bacelar. "O governo Lula abrasileirando o preço dos combustíveis, conforme promessa de campanha. Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos, pois os custos nacionais de produção, em reais, entrarão na composição dos preços", destacou. 

A FUP representa os trabalhadores do setor do petróleo. Logo após as mudanças na política de preços, a Petrobras anunciou a redução no preço dos derivados de petróleo vendidos às distribuidoras. O litro da gasolina cairá de R$ 3,18 para R$ 2,78 (redução de R$ 0,40, 12,6%), o diesel sai de R$ 3,46 para R$ 3,02 (redução de R$ 0,44, 12,8%), e o gás de cozinha cai de R$ 3,22 para R$ 2,53 por quilo (redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kg, 21,3%).

Menos volatilidade

Deyvid Bacelar destacou que o Brasil é autossuficiente em produção de petróleo, tem um grande parque de refino e usa, em sua maioria, os produtos nacionais em seu mercado. Em sua avaliação, a nova política também deve diminuir a volatilidade dos preços ao consumidor final. Os sindicatos que compõem a FUP defendem o fim do PPI desde a sua implementação, em 2016, no governo de Michel Temer (MDB).

A entidade argumentou ainda que, desde o início da paridade internacional, o preço do botijão de gás variou 223,8%, com 34 altas e 14 baixas. Já o barril de petróleo em reais subiu 61,9% no período, sendo que a inflação medida pelo IPCA acumulou 36,6%. No mesmo período, a gasolina variou 112,7% e o diesel, 121,5%, segundo cálculos da Federação feitos com dados da Petrobras.