O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria tentado alterar a data de um ofício para reaver as joias sauditas enviadas como presente para a antiga administração do Palácio do Planalto.
Conforme divulgou a emissora CNN nesta sexta-feira (12/5), a Polícia Federal (PF) acessou as mensagens enviadas por Cid para Marcelo da Silva Vieira, então chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), em 27 de dezembro de 2022. Cid apresentou a minuta do ofício enviada à Receita Federal, em que solicitava a incorporação dos bens retidos pelo órgão.
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No documento, contudo, a data que constava era 23 de dezembro. O chefe do Gabinete informa que o assunto seria da competência da secretaria de Administração e pergunta se Cid conseguiu resolver a questão. Nesta sexta, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de Silva Vieira, no Rio de Janeiro.
O Correio tenta contato com a defesa de Cid para comentar sobre a possível adulteração de data. Em caso de qualquer manifestação, o texto será atualizado.
Prisão
No dia 3 de maio, a Polícia Federal prendeu preventivamente o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid sob acusações de ter falsificado dados de vacinação contra a covid-19 dele, da família e também do ex-presidente Bolsonaro. Mauro Cid era ajudante de Bolsonaro e filho de um colega do ex-chefe do Executivo no Exército.