O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (9/5), que espera que o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, traga “indícios de soluções” sobre a guerra em sua viagem à Ucrânia.
“Hoje o Celso Amorim chegou na Ucrânia, ele já tinha ido à Rússia, ele viajou 12 horas de trem para poder chegar. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz”, disse em entrevista coletiva com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, no Palácio do Planalto.
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Amorim foi enviado por Lula a Kiev, capital ucraniana, para conversar com o presidente Volodymyr Zelensky a respeito da guerra. Antes, o assessor especial já havia estado em Moscou para uma reunião similar com o presidente russo, Vladimir Putin.
“Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que Zelensky quer. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra”, afirmou Lula.
O presidente reforçou ainda que é “hora de diplomacia”: “Não é hora de guerra. O Brasil condenou a ocupação territorial da Ucrânia, mas, ao mesmo tempo, a continuidade da guerra só vai levar à morte. Precisa encontrar alguém para discutir a paz. O Brasil está disposto a isso.”