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PT notifica Google por algoritmo induzir buscas de 'Lula' e 'corrupção'

A plataforma corrige as buscas de 'Lula coroação' para 'Lula corrupção; PT enviou, neste domingo (7/5), uma notificação extrajudicial ao Google Brasil

O Partido dos Trabalhadores (PT) enviou, neste domingo (7/5), uma notificação extrajudicial ao Google Brasil Internet LTDA., após internautas identificarem que o algoritmo induz as buscas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à corrupção. Ao pesquisar as palavras “Lula” e “Coroação”, a própria plataforma interpreta que o usuário cometeu um erro e corrige para “Lula corrupção”.

A mesma avaliação foi feita com o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A correção sugerida para o capitão reformado na plataforma ao pesquisar “Bolsonaro coroação” é de “Bolsonaro coração”.

“É plausível ponderar que o usuário que utilizar a plataforma de pesquisa da Google Brasil seja influenciado a associar o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva à prática de corrupção, quando, na verdade, buscava apenas informações a respeito da agenda diplomática do chefe de estado brasileiro”, diz a notificação.

Os próprios usuários da plataforma que queriam saber sobre a presença do presidente brasileiro na coroação do Rei Charles III, no Reino Unido, repararam a sugestão de correção. O influenciador Felipe Neto, por exemplo, afirmou que apesar de ser um erro de algorítimo, é 'inaceitável'.

Esclarecimentos

Em nota, o partido associa o caso com o PL das Fake News. "Considerando a recente tentativa da plataforma de manipular a opinião pública acerca da PL 2630 – PL das Fake News, incorrendo em abuso de poder econômico e propaganda irregular. O Partido dos Trabalhadores identificou a possibilidade da plataforma estar novamente tentando interferir, artificialmente e ilegalmente, na liberdade de opinião dos cidadãos, violando o direito constitucional de liberdade de consciência (art. 5º, inciso VI, CF/88)”, alega o partido.

Por isso, a notificação requereu a suspensão da associação de palavras completamente ilógica, bem como requereu esclarecimentos objetivos e transparentes quanto a lógica algorítmica utilizada para a correção automatizada pelo site.

A reportagem do Estado de Minas checou no Google e o algoritmo foi corrigido.