Uma ação realizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) destruiu um avião e desativou pistas irregulares de pouso e um avião em Roraima neste fim de semana. De acordo com as investigações dos órgãos de proteção ambiental, as estruturas eram usadas por garimpeiros ilegais para chegar até a Terra Indígena Yanomami, que sofre com a invasão ilegal que degrada a floresta, rios e leva doenças para povos tradicionais.
No sábado (6), helicópteros do Ibama flagraram uma aeronave no local. No entanto, ao avistar as equipes, o piloto decolou e conseguiu fugir. Os fiscais encontraram galões de combustíveis na região, o que deixa evidente a constante atividade de pouso e decolagem de aeronaves usadas para extração ilegal de minérios. Ontem, uma outra aeronave foi flagrada - desta vez com mantimentos, ferramentas e peças de máquinas que seriam levadas à Terra Yanomami para abastecer atividades ilegais na região.
Esta segunda aeronave foi incendiada pelos fiscais, a fim de que não seja mais usada no garimpo ilegal. Desde o começo do ano, os conflitos se intensificaram na área reservada para os povos indígenas. O governo lançou uma operação especial para expulsar invasores e prender os líderes de grupos criminosos que atuam nas atividades irregulares. Além de confrontos entre forças policiais e criminosos, também ocorreram ataques contra aldeias e os indígenas reagiram.
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Nos últimos 15 dias, pelo menos 17 mortes foram registradas, sendo 8 de madeireiros, um indígena e os demais ainda passam por identificação. Também no sábado, o corpo de uma mulher foi encontrado na comunidade Uxiu. A identidade da vítima ainda não foi descoberta, mas a suspeita é de que trata-se de uma mulher de origem venezuelana, que teria sido assassinada há alguns dias. O corpo foi levado para Boa Vista, onde passa por autópsia.