Ao participar de um evento do PL Mulher, ontem, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro se colocou como uma "alternativa" política para o Brasil. Em rápido discurso, enalteceu seu governo afirmando que deixou o comando do país com números "invejáveis" na área econômica. O evento, comandado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na capital paulista.
Segundo Bolsonaro, enquanto ele estiver vivo, será uma opção de governo. "Quero dizer a vocês que só a morte bota um ponto final nas nossas vidas. Enquanto ela não chegar, estaremos à disposição para sermos uma alternativa para o nosso Brasil", destacou.
A solenidade marcou a posse da deputada federal Rosana Valle como presidente do PL Mulher em São Paulo. Para uma plateia formada apenas por correligionários de partido e apoiadores, Bolsonaro fez um balanço positivo do período em que esteve no governo.
O ex-presidente foi alvo, na semana passada, de uma operação da Polícia Federal (PF) sobre a inserção de dados falsos, no sistema do Ministério da Saúde, sobre a vacinação contra a covid-19. Mas não fez qualquer menção a este episódio no evento.
Já Michelle, presidente nacional do PL Mulher, aproveitou a cerimônia para defender o fim das cotas de gênero na política. Para ela, não há necessidade de reservar vagas para mulheres e acabar com a regra pode estimular a participação feminina. "Visando identificar novas lideranças, nós queremos, presidente Valdemar [Costa Neto], erradicar a cota dos 30%. Nós queremos a mulher na política pelo seu potencial", disse.
A fala, porém, repercutiu negativamente, o que levou Michelle a gravar um vídeo no qual se diz a favor do percentual destinado às mulheres.