O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se encontra em Londres para participar da cerimônia de coroação do rei Charles III, parece estar bem disposto para encarar uma agenda de compromissos no exterior. O Itamaraty confirmou, nesta sexta-feira (5/5), que o o presidente participará como convidado da reunião cúpula do G7 — grupo da sete economias mais industrializadas do planeta —, em Hiroshima, no Japão, nos dias 20 e 21 deste mês.
O convite ao presidente Lula foi feito pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em 6 de abril, por telefone. Na ocasião, o chefe do Executivo convidou o premier japonês para vir ao Brasil.
O G7 é composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá. De acordo com o Itamaray, o governo japonês informou que, além dos demais países do G7 e do Brasil, foram convidados para a reunião os governantes de Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã, além de representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Agência Internacional de Energia (IEA), da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da União Europeia (UE).
"O Brasil compartilha valores que congregam os países do G7 – como o fortalecimento da democracia, a modernização econômica e a proteção do meio ambiente e dos direitos humanos – e mantém com seus membros permanente coordenação sobre temas da agenda internacional, seja de forma bilateral, seja no âmbito do G20 e de organismos internacionais nos quais o Brasil e os membros do G7 interagem", destacou a nota do Ministério das Relações Exteriores. A pasta informou que o país participou de todas as cúpulas do G7 entre 2003 e 2009.
A reunião deste ano em solo japonês será a sétima participação de Lula em cúpulas do grupo, "marcando a retomada do engajamento do Brasil com o G7 e consolidando a percepção de equilíbrio no posicionamento do país em temas sensíveis do cenário internacional", de acordo com a chancelaria. A expectativa é de que, entre os assuntos a serem debatidos no encontro, estão destacam-se os desafios enfrentados pela comunidade internacional em temas como paz e segurança, saúde, desenvolvimento, questões de gênero, clima, energia e meio ambiente.