Ao Correio na noite desta quinta-feira (4/5), o advogado de defesa do ex-chefe do Executivo, Fabio Wajngarten, apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tinha conhecimento da troca de mensagens entre seus aliados, Ailton Barros e Mauro Cid — que tinham o objetivo de dar um golpe de Estado, segundo áudios divulgados pela emissora CNN Brasil nesta quinta.
Ao ser questionado sobre as mensagens divulgadas pela emissora, o advogado respondeu: “E onde há o envolvimento do (ex) presidente (Bolsonaro) nisso? Ele aparece nos áudios?”.
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Sobre a investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que apura um novo registro de dados falsos de vacina contra a covid-19, desta vez em 19 de julho de 2022, em uma unidade de saúde do bairro de Peruche, em São Paulo, Wajngarten afirmou que Bolsonaro estava em Brasília.
Na quarta (3/5), o advogado afirmou à imprensa que passaria a noite lendo o relatório da PF, de cerca de 200 páginas, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que só então o depoimento do ex-presidente seria marcado.
"A gente recebeu cópia do processo, faz aproximadamente 1h30, um processo de quase 200 páginas, e a gente vai virar a noite estudando capa a capa do processo. Razão pela qual, o depoimento de Bolsonaro foi adiado a pedido da defesa, tão logo a defesa tenha total ciência dos fatos e será agendado um depoimento", disse Wajngarten nesta quarta.
De acordo com o relatório da investigação, a conta do ex-presidente emitiu quatro certificados vacinais no aplicativo ConecteSUS: dois da fabricante Pfizer, em Duque de Caxias (RJ), no dia 30 de dezembro, e os outros dois registrados na capital paulista da farmacêutica Janssen.
A investigação levantou, ainda, que o lançamento do certificado de vacinação do dia 30 de dezembro veio de um celular vinculado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Preso ontem pela PF na operação, ele teria emitido o documento duas horas antes de viajar com o ex-presidente para os Estados Unidos.