O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, declarou, nesta quinta-feira (4/5), que "não há embates entre a agropecuária e a agricultura familiar". Em sessão da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), do Senado Federal, ao lado do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, Teixeira defendeu que é preciso estimular a produção para o exterior, mas também para alimentar o mercado interno e combater a fome.
"Não há embates entre a agropecuária e a agricultura familiar. Temos que continuar a força do Brasil para a venda ao mercado externo, mas também a força do Brasil para produzir para o seu povo" disse o ministro. "Alimentar o mundo, mas alimentar os seus também".
Assim como Fávaro, Teixeira defendeu a reformulação do Plano Safra, que deve ser lançado em cerca de um mês, e será atrelado ao Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono).
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"Estamos trabalhando uma transição para a agricultura de baixo carbono", frisou Teixeira. Segundo o ministro, os principais objetivos do programa são a diminuição de juros para o crédito envolvendo produção de alimentos, além de estimular a prática de uma agricultura sustentável.
Polêmica na Agrishow
Teixeira também amenizou o conflito entre o governo federal e o agronegócio, que escalou com o "desconvite" de Fávaro da maior feira do agronegócio do país, a Agrishow, pela participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O governo chegou a retirar o patrocínio do Banco do Brasil da feira.
"O presidente Lula tem um enorme apreço pelo agro. Lula repactuou as dívidas do agro. Uma dívida de mais de R$ 80 bilhões. Fez um programa de modernização da frota", disse o ministro, citando as ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos mandatos passados. "Hoje, a atuação do ministro Carlos Fávaro mostra esse apreço, na medida que todas as disputas estão sendo resolvidas a favor do agro brasileiro".