O general da reserva Marcos Antônio Amaro, 65 anos, é o novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma reunião ocorrida nesta quarta-feira (3/5) no Palácio do Planalto, que contou com a presença do ministro da Defesa, José Múcio. Lula ainda participou de um almoço com o Alto Comando do Exército Brasileiro no Quartel-General, em Brasília. O evento foi mais um aceno do chefe do Executivo à corporação.
No último dia 19, o petista participou da cerimônia de comemoração do Dia do Exército. O evento ocorreu no mesmo local onde, no começo do ano, estavam acampados manifestantes bolsonaristas que pediam golpe de Estado. Na cerimônia, o chefe do Executivo assistiu aos desfiles e demonstrações dos militares. Na mesma ocasião, Lula afirmou ter ficado na dúvida sobre comparecer ao evento. Ele alegou que "andava magoado", mas garantiu ter ido para mostrar que o assunto envolvendo militares e o antigo governo Jair Bolsonaro (PL) está superado e que não guarda rancor da corporação.
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Participaram do almoço o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Renato Rodrigues de Aguiar Freire; o novo comandante do GSI, general Marcos Antônio Amaro; o ministro da Defesa, José Múcio; o general Tomás Ribeiro Paiva (Exército Brasileiro); bem como o almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno (Força Aérea Brasileira), entre outros.
Operação da PF
O encontro de Lula com os militares ocorre ainda após a saída do então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, após vazamento de imagens dele e de agentes da pasta interagindo com golpistas no dia dos atos terroristas de 8 de janeiro. Hoje também foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) a Operação Venire que fez buscas em um endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na capital federal; além de ter prendido o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.
No último dia 24, o ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, afirmou que foi orientado por Lula a acelerar a troca de servidores que prestam serviço no órgão desde o governo do ex-presidente. Cappelli relatou ainda que cerca de 35% dos servidores foram trocados desde o início do novo governo. Desde o fim do mês passado, mais de 80 servidores do gabinete foram exonerados.