O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou, nesta quarta-feira (3/5), a operação da Polícia Federal que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, por possível esquema de falsificação da carteira de vacinação contra a covid-19. Segundo Dino, a PF "vai fazer o seu trabalho sempre" e o ministério da Saúde deve tomar medidas para fortalecer a segurança dos sistemas fraudados.
"Se o legislador consagrou uma conduta como criminosa, é claro que a PF pode e deve agir de acordo com o que está previsto na Lei. Se você tem a violação de uma norma sanitária, se tem associação criminosa, falsificação, peculato digital, a Polícia Federal vai fazer o seu trabalho sempre", disse o ministro durante participação na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).
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O deputado Daniel Soranz (PSD-RJ), em sua fala, questionou se a adulteração de documentos sanitários não pode trazer prejuízos ao Brasil no cenário internacional, já que, segundo a investigação, carteiras falsas de vacinação podem ter sido usadas para o ingresso nos Estados Unidos e em outros países.
Dino concordou. "Essa questão da segurança sanitária é atingida. Com certeza a ministra Nísia [Trindade] vai tomar medidas para fortalecer esses sistemas que, segundo a PF, foram fraudados", comentou o ministro.
Ao final da sessão, Dino não falou à imprensa. Prevista para terminar até as 13h, a oitiva se estendeu até 14h.