O documento de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria sido adulterado às vésperas do autoexílio dele nos Estados Unidos, no fim do ano passado. Segundo a investigação da Polícia Federal, o registro falso de imunização do ex-chefe do Planalto e de sua filha, Laura, foi incluído no sistema do Sistema Único de Saúde (SUS) em 21 de dezembro de 2022 — reta final do mandato. A informação foi adiantada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Correio.
- Entenda o esquema de falsificação de dados de vacina em que Bolsonaro é investigado
- Bolsonaro nega fraude em cartão de vacina: "Não existe adulteração"
- PF faz buscas em casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante, tenente Mauro Cid
Em 30 de dezembro de 2022, Bolsonaro viajou para os EUA para não passar a faixa presidencial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele voltou ao Brasil em março. Com 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3/5), a Operação Venire.
Segundo a corporação, o objetivo é "esclarecer atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde".Um dos endereços alvo de busca e apreensão foi a casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-ajudante Mauro Cid foi preso.