O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, utilizou as redes sociais, na manhã desta quarta-feira (3/5), para defender o correligionário Jair Bolsonaro (PL), após operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília. A Polícia Federal (PF) investiga a possibilidade de adulteração em cartões de vacina de Bolsonaro e da filha Laura. Segundo Valdemar, o ex-presidente é uma pessoa "íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a lei".
"Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades", escreveu o presidente do PL no Twitter.
Em entrevista a jornalistas, o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ), líder da legenda na Câmara, disse que Bolsonaro ficou chateado após saber da operação. "Se ele não se vacinou, não pode ter fraude no cartão de vacina", afirmou o parlamentar.
A corporação fez busca e apreensão em um endereço de Bolsonaro, na capital federal; além de ter prendido o ex-ajudante de ordens dele, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. O aparelho celular de Jair e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram apreendidos, conforme informou o jornal O Globo.
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As ações fazem parte da Operação Venire, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3/5), com 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro também se pronunciou após a operação. O político nega ter adulterado o cartão de vacinação e afirma que não tomou a vacina contra a covid-19.
De acordo com a PF, "as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19".