O laudo encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, nesta terça-feira (2/5), que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres está em "bom estado geral, consciente, atento e colaborativo". Ele está preso há mais de três meses por suspeitas de ser omisso e conivente com os atos golpistas de 8 de janeiro.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou ainda que não vê necessidade de transferência do ex ministro da Justiça para o hospital penitenciário e que as instalações são 'adequadas para o estado atual de saúde mental' de Torres.
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Por fim, o documento apontou que a situação do ex-ministro 'exige acompanhamento frequente', mas descartou a transferência. "Entretanto, uma vez que se perceba alguma intenção para o auto-extermínio, o local realmente não será adequado pois há muita privacidade, principalmente durante a noite, e múltiplos objetos dos cômodos em que se encontra podem ser usados como esse objetivo", relatou o laudo.
Na semana passada, a defesa alegou que Torres teve uma "piora significativa do estado geral, com perda de peso, mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores".
O laudo também afirmava que Anderson Torres passou por "intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises (como risco de suicídio)”, mas afirma que "houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do esperado".