Jornal Correio Braziliense

DIA DO TRABALHADOR

Lula: 'Até os mais ricos ganham com o aumento do salário mínimo'

Presidente afirmou que o aumento do salário mínimo é benéfico para a economia porque 'gira a roda gigante'

O novo salário mínimo foi motivo de comemoração durante o ato unificado das centrais sindicais no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, nesta segunda-feira (1º/5), Dia do Trabalhador. Presente na manifestação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou sobre a importância do aumento real, acima da inflação.

“Daqui pra frente o trabalhador receberá além da inflação, a média do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), como nós fazíamos quando fui presidente até 2010, quando o salário mínimo cresceu até 74%”, afirmou o mandatário da república, que ressaltou a importância da medida para a economia geral.

“Quando o salário mínimo aumenta quem ganha não é só o trabalhador que ganha o mínimo. Ganha o cidadão do comércio, ganha o cidadão que vende cachorro-quente. Porque o trabalhador tendo mais dinheiro ele compra mais, ele comprando mais o comércio vai gerar emprego”, ressaltou Lula explicando o ganho para a “roda gigante da economia”. “Até os mais ricos ganham com aumento do salário mínimo”, completou.

O aumento do salário mínimo foi anunciado por Lula na noite desse domingo (30/4), que afirmou que vai encaminhar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL) para que o reajuste seja feito acima da inflação em todos os anos. A partir desta segunda-feira (1º/5), a remuneração mínima de trabalhadores e aposentados será de R$ 1.320.

O novo valor representa um aumento de R$ 18 e fica acima da taxa de inflação. “É um aumento pequeno, mas real, acima da inflação, pela primeira vez depois de seis anos”, enfatizou o petista em seu discurso, ontem.

Imposto de Renda

Lula também anunciou a nova faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda (IR). Agora, o trabalhador que ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640), ficará livre do tributo. Este é o primeiro reajuste da tabela em 8 anos, já que nunca foi alterada nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).