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Google intensifica campanha contra PL das Fake News: 'Pode aumentar a confusão'

A gigante de tecnologia incluiu, em sua página inicial, logo abaixo da barra de busca, link para o texto "PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira"

O Google intensificou a campanha contra o PL das Fake News, que pode ser votado na terça-feira (2/5) na Câmara dos Deputados. A gigante de tecnologia incluiu, em sua página inicial, logo abaixo da barra de busca, link para o texto "PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira". 

O link direciona ao posicionamento da empresa sobre o Projeto de Lei 2630/2020, com texto assinado pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda. "A criação de uma legislação de internet com o potencial de impactar a vida de milhões de brasileiros e empresas todos os dias precisa ser feita de uma maneira colaborativa e construtiva", começa o texto.

O dirigente defende na publicação que "se for aprovado do jeito que está, o PL iria na contramão do seu objetivo original de combater a disseminação de notícias falsas". "Uma das consequências indesejadas, por exemplo, é que o PL acaba protegendo quem produz desinformação, resultando na criação de mais desinformação", continua o texto.

Na avaliação da empresa, se virar lei, as plataformas ficariam impedidas de remover conteúdo jornalístico com afirmações falsas. "Precisamos melhorar o texto do projeto de lei. O PL das Fake News pode aumentar a desinformação no Brasil. Fale com seu deputado por aqui ou nas redes sociais ainda hoje", diz o executivo no texto, que foi publicado originalmente na quinta-feira (27/4) e destacado nesta segunda (1º/5) na página inicial do Google.

Dino pedirá investigação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, afirmou, nesta segunda-feira (1º/5), que acionará a Secretaria Nacional do Consumidor para investigar empresas que se posicionem contra o Projeto de Lei nº 2.630/20. O chefe da pasta quer uma análise pois, segundo ele, há "possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas".