Logo Correio Braziliense

Jornal Correio Braziliense

DEBATE

Dino pedirá investigação de campanhas de big techs contra PL das Fake News

Ministro da Justiça disse que acionará órgão do consumidor para investigar empresas e avaliar se emissão de comunicado contra o PL 2630/20 representa prática abusiva

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, afirmou, nesta segunda-feira (1º/5), que acionará a Secretaria Nacional do Consumidor para investigar empresas que se posicionem contra o Projeto de Lei nº 2.630/20. 

Conhecido como PL das Fake News, o texto prevê a criação de regras às redes sociais contra a disseminação de mentiras, desinformações e mensagens de ódio. A proposta tem previsão de ser votada nesta terça-feira (2/5), na Câmara, mas o presidente da Casa, Arthur Lira, é presionado a adiar

“Estou encaminhando o assunto à análise da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, à vista da possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas”, escreveu o ministro, no Twitter. 

O texto de Dino no Twitter comenta uma publicação do Sleeping Giants Brasil, um grupo de ativistas contrários à desinformação nas redes sociais. Na publicação do Sleeping Giants, além de citar o caso do Google, o grupo diz que o Twitter estaria “deslogando a conta das pessoas pra atrapalhar”. 

"As Big Techs estão com medo de perder suas fortunas ganhas em cima das vidas devastadas das nossas crianças, e estão usando de tudo para tentar barrar o PL 2630!", escreveu o perfil ativista.   

Nesta segunda-feira (1º/5), o Google usou a própria plataforma para divulgar um texto intitulado “o PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Em sua manifestação, a big tech afirma que uma possível aprovação da proposta protegeria produtores de desinformação, "resultando na criação de mais desinformação".

"Precisamos melhorar o texto do projeto de lei. O PL das Fake News pode aumentar a desinformação no Brasil. Fale com seu deputado por aqui ou nas redes sociais ainda hoje. Esse é apenas um dos riscos presentes no texto atual do projeto. Acreditamos que podemos contribuir para melhorar o texto e minimizar consequências indesejáveis para o ambiente digital no Brasil", diz o texto.