Quatro garimpeiros ilegais foram mortos durante uma operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) na terra indígena Yanomami, em Roraima, no domingo (30). As forças policiais foram até a localidade após a morte de um indígena.
Em nota, a PRF informou que os garimpeiros estavam “munidos de armamento de grosso calibre”, e que atiraram contra a equipe da corporação assim que os agentes tentaram desembarcar do avião que levou as equipes até o local. Os policiais responderam aos disparos e acertaram os acusados.
A corporação informou que o objetivo dos garimpeiros foi tentar repelir as atividades de combate ao garimpo ilegal. A corporação informou, também, que foram identificados assentamentos de garimpeiros nas terras Maikohipi e Palimiú, criados para “inibir o trabalho de desintrusão das terras demarcadas”.
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A ação ocorreu um dia após três indígenas terem sido baleados na região, sendo que um não resistiu aos ferimentos e morreu. No dia 21 de janeiro, o governo federal declarou emergência de saúde pública na localidade, em razão da ausência de acesso a medicamentos, serviço médico e quadro grave de fome e casos de malária entre os integrantes das comunidades tradicionais.
A invasão de garimpeiros levou doenças e acabou com plantações e regiões usadas pelos indígenas para cultivar alimentos. No local onde os garimpeiros foram mortos, de acordo com a PRF, foi encontrado um arsenal com fuzil, 3 pistolas; 7 espingardas; duas miras holográficas; 38 munições; 3 carregadores de pistola; 2 rádios; 4 celulares, além de outros equipamentos.