Pacheco: Senado pode ter sessão "noite adentro" para votar MP da Esplanada

Proposta corre risco de ser rejeitada pela Câmara e até mesmo de caducar. Impasse foi gerado por falta de articulação do governo

Raphael Felice

postado em 31/05/2023 20:33

(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), suspendeu a sessão do Senado nesta quarta-feira (31/5), mas afirmou que poderá reabri-la caso a Câmara vote a medida provisória que reorganiza os ministérios. Pacheco afirmou que os senadores podem ir “noite a dentro” para votar a MP ou votá-las na manhã desta quinta-feira (1º).

"Se houver a possibilidade de a Câmara apreciar nas próximas horas, teríamos a condição de votar ainda hoje a MP, que vence amanhã. Se não for possível, esta presidência vai suspender esta sessão para dar continuidade ou ainda hoje ou amanhã, às 9h da manhã", afirmou Pacheco.

A medida provisória em análise foi editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo no começo do governo. Ela criou uma estrutura de governo com 37 ministros, mas ela corre o risco de ser rejeitada na Câmara, ou até mesmo não ser votada.

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O presidente Arthur Lira (PP-AL) chegou à Câmara no início desta noite e afirmou que caso a medida não seja votada, ou seja rejeitada, "a culpa será da falta de articulação política do governo".

Caso a MP não seja aprovada, 17 ministérios deixam de existir do dia 1º para o dia 2 de junho. A estrutura do governo Lula passará de 37 para 23 pastas, número vigente no governo Jair Bolsonaro (PL) antes da MP de Lula.

Com 17 ministros na rua, outros dois poderiam assumir os ministérios da Cidadania e Infraestrutura. As pastas existiam durante o governo Bolsonaro, mas foram desmembradas.

Veja os ministros que ficarão sem pastas caso a MP caia: 

• Ana Moser, ministra do Esporte;
• André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura;
• Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial;
• Carlos Lupi, ministro da Previdência Social;
• Cida Gonçalves, ministra da Mulher;
• Esther Dweck, ministra de Gestão;
• Geraldo Alckmin, ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
• Jader Filho, ministro das Cidades;
• Luiz Marinho, ministro do Trabalho;
• Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos;
• Margareth Menezes, ministra da Cultura;
• Renan Filho, ministro dos Transportes;
• Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário;
• Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social;
• Simone Tebet, ministra do Planejamento;
• Sônia Guajajara, ministra dos Povos Originários;
• Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social.