Congresso

CPI do MST ouve governador Caiado nesta quarta-feira

O governador será ouvido logo mais a pedido do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) que, em sua justificativa, apontou que o depoimento enriquecerá o debate dado que "o estado de Goiás não conta com nenhuma ocupação do MST"

Ândrea Malcher
postado em 31/05/2023 11:43 / atualizado em 31/05/2023 11:49
 (crédito: Isac Nóbrega/PR     )
(crédito: Isac Nóbrega/PR )

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, nesta quarta-feira (31/5).

O governador será ouvido a pedido do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) que, em sua justificativa, apontou que o depoimento enriquecerá o debate dado que “o estado de Goiás não conta com nenhuma ocupação do MST".

Segundo Gayer, Caiado teria participado de um encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária na semana passada, em Brasília, e comentado que, em um “território com força na agropecuária, não existem ocupações de terras por parte do MST".

A CPI do MST tem sido palco de disputa política entre deputados da base governista e da oposição. Nesta terça (30), o colegiado ouviu o casal Nelcilene Reis e Ivan Xavier, ex-integrantes do movimento. Durante o depoimento, Nelcilene afirmou ter se sentido "massa de manobra", que trabalhava sem remuneração e que havia punição para quem não obedecesse às regras do acampamento.

Por outro lado, o relator, Ricardo Salles (PL-SP), foi acusado pelas deputadas Talíria Petrone (PSol-RJ) e Sâmia Bomfim (PSol-SP) de orientar a fala da convidada. O casal se retirou do plenário antes que parlamentares defensores do MST pudessem fazer perguntas.

“Vocês quiseram tirar as testemunhas — que não são testemunhas, são convidados — na hora em que nós iríamos fazer as perguntas e que iriam aparecer as contradições porque os senhores querem apenas a sua própria versão, os senhores não estão querendo investigar. Os senhores já estão determinados a criminalizar o movimento, a criminalizar a reforma agrária", acusou Gleisi Hoffmann (PT-PR). "Aqui tem um jogo muito triste, um jogo que é agressivo e que não vai colaborar em nada para o Brasil.”

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