Congresso Nacional

"Tem jogo pra ser jogado", minimiza líder do governo sobre MPs

Apesar dos curtos prazos de validade de Medidas Provisórias importantes para o governo, Randolfe explica que a prioridade é votar a MP da Estruturação da Esplanada no Senado, mas afirma que há etapas para chegar à uma decisão final

Tainá Andrade
postado em 30/05/2023 22:25
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido), minimizou, nesta quarta-feira (30/5), o avanço da Medida Provisória (MP) que muda o desenho planejado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para os ministérios da Esplanada. Ele garantiu que “tem jogo pra ser jogado” dentro do Parlamento e que a prioridade do governo não é no texto, mas sim em não deixar a MP perder a validade, o que acontecerá dentro de dois dias (1º de junho).

“Estamos trabalhando junto ao relator para que tenha os ajustes necessários, mas tão importante quanto isso é a medida provisória não cair. Se a medida provisória cair não foi por uma derrota no texto, porque 90% do que foi estimado na medida provisória foi aprovado, teve alterações, como tem alterações em quaisquer medidas provisórias que possam vir do governo”, disse.

O senador admite que o Parlamento, principalmente a Câmara dos Deputados, tem um perfil mais conservador em matérias como povos indígenas e meio ambiente, mas que as votações nas Casas são só o início da tramitação, que tem a decisão final nas mãos do presidente Lula, com a possibilidade de veto.

“Como o presidente muito bem anunciou, esse jogo está só começando. O primeiro tempo do jogo foi na comissão mista, o segundo é a tramitação na câmara e no senado, outra coisa ainda tem o crivo do presidente da república. Então, tem jogo pra ser jogado sim”, otimizou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeu, em coletiva nesta terça-feira, que a Casa maior vai votar as MPs. De acordo com ele, o Congresso pode contribuir com ajustes, mas o foco na MP dos ministérios é aprovar de forma célere, por isso há um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para que a matéria seja votada na quinta-feira (31/05) no Senado.

A Casa também tem a missão de votar outras MPs, como a do Auxílio Gás e a do Bolsa Família, que estão com o prazo curto. Randolfe explicou que há o compromisso da Câmara de serem liberadas, mas que não terá prejuízo se não chegarem a tempo.

“Auxílio gás foi incorporado à MP do Bolsa Família, que deve ser votada logo pela Câmara. Se não for, não é sangria desatada, porque o governo pode fazer decreto”, ponderou o líder.

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