O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou, nesta terça-feira (30), que espera que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro confirme que houve uma tentativa de golpe.
Segundo Cappelli, as investigações da Polícia Federal (PF) não têm data para acabar. A Operação Lesa Pátria, lembra o secretário, estabeleceu como objetivo identificar todos os indivíduos que tiveram alguma ligação com os atos. Apesar disso, ressalta que a CPMI é uma prerrogativa do Congresso Nacional e que assim, mesmo correndo paralelamente às investigações da PF, é respeitada pelo MJ. Cappelli afirmou, ainda, que a CPMI deve confirmar “o que o Brasil já sabe: fomos vítima de uma tentativa de golpe de Estado”.
- CPMI do 8/1 irá projetar poder de Lira sobre o Planalto, dizem deputados
- CLDF concede título de cidadão honorário ao ex-interventor Ricardo Cappelli
- CPMI e CPI dos atos antidemocráticos serão complementares, avalia deputado
- Visão do Correio: O papel das CPIs no 8 de janeiro
Ricardo Cappelli questiona a tolerância aos acampamentos montados em frente aos quartéis generais. Segundo o secretário, esses aglomerados foram erguidos dentro do perímetro de segurança das unidades militares, e assim, não deveriam ter sido autorizados. Para Cappelli, os atos golpistas tiveram origem dentro desses acampamentos, os quais tiveram a autorização do ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Ricardo, o golpe não foi consumado pois não houve apoio do alto escalão das Forças Armadas, que não aderiram à “irresponsável aventura golpista contra a democracia brasileira”.
* Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza
Saiba Mais
- Política Marco Temporal: Câmara aprova PL que limita demarcação de terras indígenas
- Política CPI que pretende investigar ONGs na Amazônia será instalada dia 13
- Política No STF, governo defende que demarcação fique no Ministério dos Povos Indígenas
- Política Deltan Dallagnol é intimado a depor na Polícia Federal
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.