Os deputados Ricardo Salles (PL-SP) e Sâmia Bomfim (PSol-SP) protagonizaram um bate-boca já no começo da sessão desta terça-feira (30/5) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
O impasse foi sobre o modelo de perguntas feitas à convidada da audiência pública, a ex-integrante do MST, Nelcilene Reis. Salles perguntava qual era o procedimento para a ocupação das áreas.
"Desculpe interrompê-lo, relator, é que estou com uma dúvida a respeito do método. Porque audiência pública, de acordo com o que nos foi informado pela Mesa quando nosso gabinete ligou anteriormente e de acordo com o regimento, tem a explanação de 20 minutos dos convidados, depois o relator pode fazer uma fala de 10 minutos e os demais membros, de cinco”, disse Sâmia. “Mas está se modificando o método, ele (Salles) está fazendo perguntas como se fosse uma oitiva e não uma audiência publica”, completou.
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O presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), defendeu que o relator usasse seu tempo previsto para questionar a convidada, ao que a parlamentar respondeu que o tempo estaria parado.
“Vou fazer as perguntas necessárias, até porque eles (convidados) não usaram os 20 minutos”, respondeu Salles. “Eu sou o relator e a instrução compete ao relator”, emendou.
A CPI do MST recebe nesta terça dois ex-integrantes do movimento social, Nelcilene Reis e Ivan Xavier, para detalhar as ações do grupo.
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