Entre solicitações de imagens, registros, documentos e convocações para depoimentos, pelo menos 385 requerimentos já foram apresentados desde a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá apurar os atos terroristas do 8 de janeiro, na última quinta-feira (26/5).
Um dos pedidos é de autoria dos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) e dos deputados Rafael Brito (MDB-AL) e Rubens Pereira Júnior (PT-MA). Eles querem que o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres compareça à comissão para prestar esclarecimentos.
O ex-número dois de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, Elcio Franco, soma dois requerimentos de depoimento, na condição de investigado, de autoria de Pereira Júnior e de Randolfe. As demais figuras que podem ser convocadas na condição de investigados são o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno; o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); e o ex-major do Exército Ailton Barros. O ex-chefe do GSI Gonçalves Dias, indicado por Lula, também é um dos que tiveram o depoimento pedido.
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Outras solicitações envolvem figuras que seriam responsáveis pela segurança da capital durante os atos de vandalismo, como os agentes da Polícia Militar do DF. Estão na lista nomes como o do coronel Bilmar Angelis, subcomandante-geral da corporação; Clovis Eduardo Condi, subchefe do Departamento de Operações; coronel Adriano Henriques, chefe do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR) da PMDF; coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, responsável pelo Departamento Operacional da PMDF; e coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF.
Antônio Cláudio Alves Ferreira, responsável por quebrar o relógio de Dom João VI durante os atos golpistas do Planalto, também está sendo requisitado para deporao colegiado.
Bolsonaro
Ainda não há nenhum pedido para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste explicações à CPMI. Ontem, a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e o líder do governo no Congresso, Randolfe, tentaram não pessoalizar a investigação, mas a parlamentar não descartou que o ex-chefe do Executivo seja convocado.
“Se o ex-presidente Jair Bolsonaro será convocado ou não é um debate que poderá ocorrer ao longo do processo”, disse Eliziane. “Hoje eu não posso antecipar se haverá a convocação dele. Mas um ponto é fundamental: nós buscaremos quem financiou e quem foi o autor intelectual do ato do dia 8 de janeiro.”
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