A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMAMC), Marina Silva, declarou nesta quinta-feira (25/5) que há uma imposição, pela maioria de parlamentares, do modelo de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ela, a articulação não tem sido "fácil de manejar".
"É um momento difícil para o nosso governo, em que uma parte do Congresso, que é a maioria, quer impor ao governo eleito do presidente Lula a gestão, o modelo de gestão do governo Bolsonaro", disparou.
Ela disse respeitar a "soberania" e a "autonomia" do Congresso, mas afirmou que há conversas internas governamentais para combater a continuidade do avanço da Medida Provisória (MP) de estruturação da Esplanada dos Ministérios, que esvazia principalmente as pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas (MPI).
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"Ontem, tive uma reunião com nosso ministro (Alexandre) Padilha (Relações Institucionais). Não está sendo uma situação fácil de manejar, porque o governo não tem a maioria dentro do Congresso e isso é notório. Estamos trabalhando, é o último momento para preservar a decisão do presidente Lula, obviamente que o Congresso é soberano e, na democracia, a gente respeita a decisão do Congresso", declarou Marina.
A ministra disse ainda não considerar a decisão de ontem (24) a batalha final. Garantiu que as conversas continuarão até a próxima terça-feira (30), que é quando a MP poderá chegar ao Plenário. "Ainda temos até terça-feira para dar continuidade aos diálogos e obviamente que o diálogo interno do governo está acontecendo também. É um momento difícil para o nosso governo", ponderou.
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