O senador Eduardo Braga (MDB-AM) defendeu, nesta quarta-feira (24/5), que para o Brasil passar por uma transição energética é urgente que o Ministério de Minas e Energia (MME) elabore uma política estratégica para a exploração do gás natural. O senador afirmou, na Comissão de Infraestrutura (CI) da Casa, que somente assim será possível criar mercados para a atividade. Dentro do estado do Amazonas, Eduardo Braga defende a política de desenvolvimento para o gás como uma estratégia para estimular a indústria da ureia, por exemplo.
“Nós teremos que criar um mercado de quase três milhões de metros cúbicos de gás para a implantação de uma planta de ureia e assim nós vamos começar a criar os mercados para o gás natural. Nós temos o gás natural, que é o mais difícil, nós não estamos sendo capazes de criar os novos mercados por não estabelecermos nem a infraestrutura, nem as políticas públicas de demanda para essa infraestrutura. Essa estratégia depende, obviamente dessa política a ser estabelecida pelo MME”, ressaltou.
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Para ele, a mudança envolve a discussão de dois gargalos: a legislação ambiental para grandes projetos estratégicos para o país e a infraestrutura, principalmente os incentivos fiscais para sua montagem. Para isso, ele busca discussões sobre como estabelecer esse founding, com taxa de juros adequada para projetos de infraestruturas estratégicos para o crescimento do país.
“Nós não faremos a transição da matriz energética e não conseguiremos romper o ciclo de reinjeção do gás natural se não tivermos uma malha de gasoduto implantada no país. Entendemos que inovação tecnológica não é a única infraestrutura necessária para o desenvolvimento do país, é necessário ter uma infraestrutura para o escoamento do gás natural se quisermos realmente avançar. Um founding de um financiamento para um payback dessa estrutura”, declarou.
No caso da exploração pela Petrobras na Foz do Amazonas, o senador Lucas Barreto (PSD-AP) defende que essa riqueza deve ser feita o quanto antes no seu estado, para que países vizinhos não executem a atividade antes e levem o derivado do petróleo antes do Brasil.
“A transição energética da Petrobras só pode ser feita a partir do momento que tiver o gás com energia limpa. O petróleo, nessa transição energética, desaparecerá em 20 anos, mas o gás continuará. Se não for explorado agora, o Suriname vai sugar de canudinho da mesma plataforma esponjosa o petróleo e gás que temos no Amapá, temos que disputar essa exploração”, observou Barreto ao Correio.
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