O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), rebateu questionamento da deputada Sâmia Bonfim (PSol-SP) sobre ser investigado por suposto incentivo a atos antidemocráticos. Segundo o deputado, a postagem que motiva a investigação é de outubro do ano passado, logo após o segundo turno das eleições.
Sâmia citou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que a Polícia Federal retome as investigações contra Zucco. O então deputado estadual foi apontado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul por suspeita de ter incentivado um ato golpista em frente ao Comando Militar do Sul. Segundo a investigação, Zucco teria incentivado a população a participar do ato.
Ao questionar o presidente do colegiado, Sâmia teve o microfone cortado. Em resposta, Zucco disse que não aceitaria temas "pessoais" ou fora do tema da CPI, como foi acatado em questão de ordem do deputado Kim Kataguiri (União-SP).
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Zucco disse ainda que "a postagem é de outubro de 2022", e negou que teria incentivado atos como os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília. O deputado disse ainda que não houve convocação contra ele no inquérito. Em nota sobre a decisão de Moraes, o deputado se disse tranquilo em relação à investigação e disse que sua assessoria jurídica está disponível para esclarecimentos.
Sâmia Bonfim, por sua vez, criticou a decisão de Zucco de interromper a sua fala e ressaltou que não fez ataques pessoais ao presidente do colegiado. Citando notícias sobre a decisão de Moraes, a parlamentar argumentou que "a manchete está pública, qualquer pessoa pode ver".
"Para mim, o senhor não tem que fazer depoimento nenhum. É para a Polícia Federal", frisou Sâmia. "A deputada Camila Jara (PT-MS) trouxe suco de uva do MST. Se trouxe também de maracujá, sugiro que o senhor tome", ironizou.
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